segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Arvo


ai como é chato acreditar em nada
sem arvo pra atirar
sem bala na agulha
com todas as balas doces estouradas nos miolos
as agulhas costurando com máquina o peito
e as alvores balançando como sempre que tem vento
matando a sede sempre quando chove.
eu me matando de sede no ano de 2000 inove
quase chovo de tristeza.

a arma quase pula fora do corpo
vomitada.
a alma atira atira atira
na vida que corre com 20 anos de fios
cravados no corpo

semana passada Ana se atirou na vida
pulou da montanha e voou direto
montanha de trinta andares
no mar de concreto.

wb.